A história do acompanhamento de pacientes em psicologia tem evoluído significativamente ao longo do tempo, refletindo mudanças na compreensão da saúde mental, abordagens terapêuticas e avanços tecnológicos.
No início do século XX, a psicanálise de Freud popularizou a ideia de sessões regulares e longas, com pacientes sendo acompanhados várias vezes por semana durante anos. Acompanhamentos esporádicos eram comuns, e a terapia frequentemente era acessível apenas a pessoas da elite.
A voz do intelecto é suave, mas não descansa até ter obtido uma audiência – Sigmund Freud
Entre as décadas de 1940 à 1960, abordagens como a terapia comportamental e a terapia humanista começaram a surgir. As sessões tornaram-se mais estruturadas e focadas. A prática de sessões semanais de 50 minutos tornou-se um padrão. O tempo de tratamento variava de curto prazo (algumas semanas) a longo prazo (anos).
Nas décadas de 1970 e 1980, A TCC introduziu tratamentos mais focados e de curto prazo, com sessões geralmente semanais e duração de alguns meses. Mais pessoas começaram a ter acesso à terapia, e as práticas comunitárias de saúde mental começaram a se expandir.
A única pessoa que é educada é a que aprendeu como aprender e mudar – Carl Rogers
Com o advento da internet nos anos 1990, começaram a surgir os primeiros serviços de aconselhamento online, oferecendo mais flexibilidade. Mas essa prática ainda se resumia a poucos países ou ainda apenas para pessoas da elite. Também houve um aumento na demanda por tratamentos baseados em evidências, levando a um acompanhamento mais estruturado e monitorado.
Apesar de muitas tentativas em anos anteriores foi apenas após a pandemia de Covid-19 em 2020, que o uso de videoconferência e aplicativos de saúde mental aumentou exponencialmente, permitindo acompanhamento mais frequente e acessível. Com o avanço da neurociência e das psicologias, os tratamentos tornaram-se mais personalizados e focados nas necessidades específicas dos pacientes.
A tecnologia nos desafia a observar como ela molda nossas relações com os outros e conosco mesmos – Sherry Turkle
O avanço da tecnologia transformou a forma como a saúde é gerenciada, oferecendo novas possibilidades para o acompanhamento contínuo dos pacientes. Historicamente, o acompanhamento psicológico era limitado a consultas presenciais, realizadas em intervalos mensais, quinzenais ou semanais. Esse modelo intermitente muitas vezes falhava em capturar as flutuações diárias no estado emocional e mental dos pacientes, resultando em intervenções tardias e cuidados menos eficazes.
Um novo passo
Estudos da BioMed Central demonstram como médicos já se beneficiam do uso de smartwatches para oferecerem melhores intervenções e um melhor acompanhamento da saúde do paciente.
Vem surgindo também aplicativos conhecidos como ePROs (Electronic Patient Reported Outcomes), que permitem que os pacientes registrem dados sobre sua saúde diariamente, o que facilita a intervenção precoce e a monitorização contínua pelos profissionais de saúde. Esses sistemas podem reduzir problemas como registros incompletos ou imprecisos e melhorar a conformidade dos pacientes, pois incluem lembretes e alertas para garantir a coleta oportuna dos dados.
Mas novamente, os sistemas ePRO (Electronic Patient Reported Outcomes) tendem a ser mais amplamente adotados em países de primeiro mundo e entre populações de elite, principalmente devido aos custos associados aos dispositivos e à infraestrutura necessária para suportar essas tecnologias.
A Corpora na contramão
Para ampliar o acesso ao acompanhamento diário foi necessário repensar os modelos usados, que necessitavam aparelhos especializados, ou aplicativos específicos e engessados cobrados à parte, além de considerar o uso de tecnologias disponíveis para o cidadão médio.
A plataforma Corpora integra diários de bordo digitais com outras ferramentas de monitoramento, criando um sistema robusto e eficiente para a gestão de cuidados. Além de utilizar o Whatsapp como ferramenta de comunicação diária, para garantir o máximo de acesso e aderecia dos pacientes sem necessitar maiores esforços.
A integração leva os resultados condensados, e dentro do possível, transformaados em gráficos de fácil análise para dentro do prontuário criptografado do paciente. Garantindo máxima performance, segurança e aderência.
A evolução e o acompanhamento do paciente não se limita mais apenas ao consultório. Com o uso de ferramentas como diários de bordo digitais e outras tecnologias de monitoramento contínuo, é possível capturar informações valiosas sobre a saúde dos pacientes em tempo real. A Corpora está liderando essa revolução, oferecendo ferramentas que não só melhoram a qualidade do cuidado, mas também empoderam os pacientes a se tornarem participantes ativos em sua própria saúde.
O futuro da gestão de saúde está aqui, e ele é digital, contínuo e centrado no paciente. Estamos transformando a forma como a saúde é monitorada e gerida, proporcionando um cuidado mais eficaz e personalizado. – Lourival Almeida, cofundador da Corpora
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